Mulheres são menos inadimplentes que os homens, segundo Serasa

JORDANA CUNHA DOS SANTOS
do UNIVERSO MASCULINO, em SÃO PAULO, (SP)

De acordo com a pesquisa, a renda média das
mulheres é menor que a dos homens em todas as
 faixas salariais.
Foto: Getty Images
No Dia Internacional da Mulher, o SerasaConsumidor, braço da Serasa voltado ao cidadão, e área de Big Data elaboraram um estudo inédito sobre o comportamento financeiro da mulher. O levantamento só foi possível devido a uma amostra de 2 milhões de pessoas que abriram o Cadastro Positivo da Serasa. De acordo com a pesquisa, a renda média das mulheres é menor que a dos homens em todas as faixas salariais. Em contrapartida, elas, menos inadimplentes, comprometem menos a renda com dívidas.

Ainda assim, quase 70% das mulheres analisadas recebem uma renda média de até R$ 1.760. As assalariadas que ganham, em média, entre R$ 880 e R$ 1.760 são 41,6% do total e 25,7% da amostragem feminina vive com até um salário mínimo. No grupo masculino o percentual de homens com salários abaixo de R$ 1.760 é menor: 52,4%, sendo 37% recebendo entre R$ 880 e R$ 1760 e 15,4% com dividendos até R$ 880.

Na outra ponta da tabela, apenas 7,3% das mulheres têm renda média acima de R$ 8.800, enquanto 11,9% dos homens estão nesta faixa salarial. A disparidade segue entre quem recebe de R$ 4.400 a R$ 8.800: 7,6% das trabalhadoras se enquadram aqui e 12,4% dos homens. Salários entre R$ 1.760 e R$ 4.400 ficam com 17,8% das mulheres e com 23,3% dos assalariados do sexo masculino.

Apesar de ganharem menos, as mulheres aparecem no estudo com índices de inadimplência atuais mais baixos em relação aos homens: 43,2% estão negativadas, contra 45,8% dos homens. Também é ligeiramente mais alta a porcentagem de mulheres que não ficaram com o nome sujo nos últimos dois anos: 21,4% contra 20,7%.

“O Cadastro Positivo representa uma mudança de cultura em todo o mercado de crédito, tanto para as concedentes como para os consumidores. Com o cadastro, os credores passaram a considerar as contas pagas em dia e não apenas a ocorrência de pendências financeiras, permitindo uma avaliação mais completa da capacidade creditícia dos cadastrados”, diz a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat.

Ainda de acordo com o estudo, o público feminino tem a renda menos comprometida com as instituições financeiras: 26,8% das entrevistadas não tem comprometimento, enquanto 24,6% do grupo masculino estão nessa condição.

Perfil das operações de crédito femininas

Os hábitos de financiamento também divergem entre homens e mulheres, segundo o estudo da Serasa. O cartão é a principal ferramenta de crédito para 46,5% das entrevistadas e 42,5% dos homens se valem do recurso para as compras. O crédito consignado também é opção para 13% das mulheres (9,7% do grupo masculino). Nas demais operações de crédito os homens são maioria.

As informações são da agência AFP.
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